A sugestão foi feita pelo embaixador do Iraque nas Nações Unidas, Mohamed Alhakim, que pede ao Conselho que investigue a morte de 12 médicos em Mosul, no Iraque. Segundo o responsável, os clínicos foram mortos por se recusarem a remover órgãos de cadáveres.
“Alguns dos corpos que encontrámos estavam mutilados… isso significa que algumas partes desapareceram”, disse o representante iraquiano aos jornalistas, adiantando que os cadáveres tinham sido abertos por trás, no local onde se encontrariam os rins.
A confirmar-se, a colheita e venda de órgãos humanos não seria uma surpresa para os responsáveis de um grupo da Universidade da Califórnia, o Organs Watch. “O roubo de órgãos durante as guerras, guerras civis, guerras sujas, guerras que envolvem exércitos indisciplinados não é incomum”, afirmou a diretora, Nancy Scheper-Hughes, num email enviado à CNN.
Segundo o embaixador britânico, Mark Lyall Grant, o assunto não foi discutido formalmente e não há qualquer prova da alegação de Mohamed Alhakim, mas o enviado especial das Nações Unidas ao Iraque já anunciou que a hipótese do roubo de órgãos por parte do Estado Islâmico vai ser investigada.