Costuma-se dizer que por ‘detrás de um grande homem está sempre uma grande mulher’, e no caso de Alexis Tispras esta frase não podia fazer mais sentido. Isto porque, Betty, companheira de Tsirpas há mais de 20 anos, terá sido uma das grandes responsáveis pela entrada na vida política do novo Primeiro-Ministro grego.
Ainda na época em que eram, apenas, colegas no curso de engenharia, Betty começou a convencer Tsipras a aderir à Juventude Comunista da Grécia e à política, apesar de este ter estado sempre mais virado para o desporto do que para a vida política. Depois de ter sofrido uma lesão no joelho Tsirpas, agora conhecido como o “Che Guevara grego”, conheceu a sua atual companheira e deixou-se levar pelos argumentos desta aderindo à Juventude Comunista em 1990, apesar de ter nascido no meio de uma família de classe média. No ano a seguir, e sem tempo a perder, o casal liderou uma revolta em Atenas contra as reformas educativas.
Os dois companheiros, colegas na Universidade Técnica Nacional de Atenas, onde dormiam e comiam, formaram-se como engenheiros nesta instituição. De acordo com alguns antigos colegas de Betty, esta era uma mulher com convicções fortes, de grande militância e dinâmica, tendo, inclusive, levado um dos seus professores a tribunal por este ter menosprezado a sua tese de doutoramento. Muitos acreditam, por isso, que esta força da nova primeira-dama grega, a primeira a chegar a esta posição sem ser casada, é a verdadeira força que está por detrás do ‘trono’.
Nos dias de hoje, o casal vive com os dois filhos, Phoebus e Orpheus, num modesto apartamento na capital grega, sempre afastados dos holofotes dos media. Betty, que odeia perder tempo nas compras e que quase nunca se dirige ao cabeleireiro, e Alexis, o homem que nunca usa gravata, deram ao filho mais novo o apelido de Ernesto, como tributo a Che Guevara.