Um dos grandes tesouros do Antigo Egito, e para muitos o objeto icónico por excelência da civilização faraónica, encontrada por Howard Carter durante as escavações ao túmulo do Faraó em Vale dos Reis, foi danificado durante uma sessão de limpeza. A barba, presente na figura, terá sido separada do resto da face e de seguida unida por Resina Epoxi, uma vulgar “supercola”.
Os conservadores do Museu de Antiguidades egípcias do Cairo denunciaram a restauração “amadora” que acabou por danificar seriamente a figura. Os empregados do museu denunciaram ao jornal árabe “Al Arabi al Jadid”, que o objeto foi danificado, no ano passado, durante os trabalhos de limpeza e renovação do complexo, tendo a barba, de ouro e de cor azul, sido separada do resto da esfinge.
Perante o sucedido, e segundo se conta, a equipa a cargo da renovação do museu evitou informar o Ministério das Antiguidades e entregar a figura a uma equipa de restauração tal como mandam os procedimentos habituais. Em vez disso, de acordo com o referido jornal, a responsável pela renovação do museu chamou o seu marido, também empregado no museu, que decidiu resolver o dano unindo as peças com uma vulgar “supercola”, muito resistente mas imprópria para conservar uma peça com mais de três mil anos.
Mais do que isso, depois de verificar que a cola tinha sido espalhada por outras zonas da peça, os trabalhadores decidiram fazer uma raspagem, aumentando os danos e riscando a figura.