Quando os eurodeputados eleitos no último domingo tomarem posse, estará formado o Parlamento Europeu mais eurocético, mais anti-imigração e mais de extrema direita de sempre.
Frente Nacional (França)
Jean Marie Le Pen, fundador da Frente Nacional, presidido atualmente pela sua filha, Marine, fez manchetes a semana passada ao sugerir que o Ébola poderia resolver o problema da imigração na Europa “em três meses”. Noutra ocasião, Le Pen classificou as câmaras de gás do holocausto como “um pequeno pormenor”.
Partido Nacional Democrático (Alemanha)
O neo-nazi PND faz campanha baseado na ideia de travar a imigração, com slogans como “o barco está cheio” e insistindo que a Europa “é um continente de brancos”.
Aurora Dourada (Grécia)
O partido ultra-nacionalista grego, cujo líder tem uma cruz suástica tatuada, conquistou os seus primeiros lugares no Parlamento Europeu. Tem vários dos seus membros na prisão por fazerem parte de uma organização criminosa. O partido insiste que não é nem criminoso nem neo-nazi e agora o terceiro mais votado na Grécia.
Partido dos Finlandeses (Finlândia)
Eurocético, antes conhecido como o Partido dos Verdadeiros Finlandeses, tem surgido em várias polémicas. Em 2011, um elemento foi multado por comentários que fez no seu blogue contra os muçulmanos, enquanto outro recusou um convite para as celebrações do Dia da Independência porque não queria ver casais do mesmo sexo.
Partido do Povo Dinamarquês (Dinamarca)
Conquistou quase 27% dos votos e duplicou o número de eurodeputados, com o fundador do partido a defender que a Dinamarca não é um país onde a imigração é natural ou bemvinda.
Partido da Liberdade (Holanda)
A extrema-direita holandesa é conhecida pelo seu criticismo feroz ao Islão. O líder, Geert Wilders, é conhecido por dizer “Eu não odeio os muçulmanos, eu odeio o Islão” e luta pelo repatriamento de todos os muçulmanos atualmente no país. Mantém quatro lugares no PE.
Movimento por uma Hungria Melhor (Hungria)
Um dos mais óbvios partidos neo-nazis no Parlamento Europeu, manteve o resultado e os seus três assentos. Defende que os residentes judeus assinem um registo especial, classificando-os como um “risco para a segurança nacional”.
Partido da Liberdade da Áustria (Áustria)
O partido de extrema-direita duplicou, para quatro, o número de representantes, com a bandeira da anti-imigração, em particular a muçulmana. O líder, Heinz-Christian Strache, no entanto, diz que não é racista porque “come kebabs”.
Liga Norte (Itália)
“A África não tem produzido grandes génios, como se pode ver na enciclopédia do Rato Mickey”, é a visão de um dos antigos eurodeputados do partido, que cresceu 6% nos votos.