A chorar e a tremer, Oscar Pistorius tomou a palavra para assegurar que “não há um momento desde que esta tragédia aconteceu” que não pense na família da modelo Reeva Steenkamp, que atingiu fatalmente a tiro na madrugada de 14 de fevereiro do ano passado.
Sempre muito emocional, o atleta descreveu os ataques de pânico e pesadelos de que é vítima desde o episódio, apesar de estar a tomar anti-depressivos.
Por várias vezes, de forma quase inaudível, dirigiu-se à mãe de Reeva, dizendo-lhe que é a primeira pessoa em que pensa sempre que acorda. “Não posso imaginar a dor e o sofrimento e o vazio que lhe causei e à sua família”, afirmou.
Na sessão desta segunda-feira do julgamento, a decorrer em Pretória, África do Sul, Pistorius sublinhou que “estava apenas a tentar proteger Reeva”. “Posso garantir que quando foi deitar-se nessa noite sentia-se amada”.
O testemunho de Oscar Pistorius pode prolongar-se por vários dias e é de esperar um duro contra-interrogatório por parte da acusação.
Antes de começar a ser ouvido, esta segunda-feira, o atleta foi visto dobrado sobre si próprio, de mãos nos ouvidos, à medida que eram descritos os pormenores sobre a morte da namorada.