“Eu, Berezovski Denis Valentínovich, juro fidelidade ao povo da Crimeia e prometo defendê-lo como exige o regulamento”, afirmou o responsável, numa conferência de imprensa em Sebastopol, porto da Crimeia.
Berezovski foi nomeado no sábado, na sequência de um decreto do presidente interino do país, Alexandr Turchínov.
À medida que aumenta a tensão na Ucrânia, os meios de comunicação russos avançam com a informação de eventuais deserções em massa dos militares ucranianos.
O ministério ucraniano da Defesa negou essas informações, que qualificou de “provocações”.
“O pessoal das unidades das Forças Armadas ucranianas na Crimeia que estão bloqueadas por homens armados mantém a tranquilidade e tenta através de negociações evitar o derramamento de sangue”, segundo uma nota do ministério.
Citado pela agência Interfax, um porta-voz das autoridades pró-russas na Crimeia indicou que “nas últimas 24 horas uma dezena de navios da frota ucraniana do mar Negro abandonou a base de Sebastopol”, o que foi desmentido também pelo governo ucraniano.
A tensão entre a Ucrânia e a Rússia agravou-se na última semana, após a queda do ex-presidente Ianukovich, por causa da Crimeia, península do sul do país onde se fala russo e está localizada a frota da Rússia do Mar Negro.
A câmara alta do parlamento russo aprovou no sábado, por unanimidade, um pedido do presidente Vladimir Putin para autorizar “o recurso às forças armadas russas no território da Ucrânia”.
Esta decisão surgiu um dia depois da denúncia da Ucrânia de que a Rússia fez uma “invasão armada” na Crimeia.