Segundo o The Sunday People, os documentos classificados nunca chegaram a ser apresentados à Justiça, nem mesmo quando Michael Jackson se sentou no banco dos réus em 2005 por abuso sexual de menores, tendo sido absolvido das quatro acusações.
O FBI terá, no entanto, milhares de documentos, com datas que começam em 1989, que provam os abusos de vários rapazes menores, por vezes mesmo, segundo o tablóide britânico, à frente dos respetivos pais.
Os ficheiros incluirão informações de detetives privados, transcrições de escutas telefónicas e várias dezenas de gravações áudio.
Num dos casos citados, descreve-se como o rei da pop terá sido apanhado em flagrante por um dos seus empregados a abusar sexualmente de três meninos enquanto via um filme pornográfico na sala de cinema da sua mansão de Neverland. Nessa ocasião, a mãe de uma das alegadas vítimas estaria sentada duas ou três filas atrás, sem se dar conta do que se passava.
Aterrorizado com a possibilidade de ser denunciado, o artista terá contratato ele próprio um detetive privado, Anthony Pellicano, para encontrar as alegadas vítimas e comprar-lhes o silêncio. Quando o detetive, por seu lado, foi investigado pelas autoridades, o FBI classificou como secretos muitos dos seus ficheiros, incluindo os que diziam respeito a Michael Jackson. Pellicano encontra-se atualmente a cumprir uma pena de prisão de 15 anos por crime organizado e escutas ilegais.
Segundo o mesmo jornal, uma das alegadas vítimas terá recebido 392 mil euros a troco de “abster-se de todo o contacto com os media”.