As crianças devem manter-se longe de frutos secos até aos cinco anos. Uma recomendação dos pediatras, como medida preventiva para evitar o risco de asfixia.
“Aconselho a seguir o mesmo critério em relação aos jogos de peças pequenas”, recomenda o médico José Maria Moreno, Coordenador do Comité de Nutrição da Associação Espanhola de Pediatria. “Os frutos secos, em si, não são maus. As crianças podem comê-los se estiverem moídos. O grande problema é que de esfarelam em bocados suficientemente grandes, que causam muitas vezes obstruções respiratórias e asfixias”, explica.
Na mesma lógica, o médico Jordi Pou, coordenador do Comité de Segurança e Prevenção de Lesões Acidentais, da mesma associação, acrescentou que “antes dos três anos as crianças não mastigam bem, como tal, é possível que alguns pedaços mais pequenos de frutos secos possam alojar-se acidentalmente nos seus brônquios ou pulmões”
Desde ontem, em Oviedo, as autoridades espanholas investigam a morte de um bebé de ano e meio, que perdeu a vida cinco dias depois de ter sido atendido no centro de saúde de Vilares de Abajo, devido a uma asfixia provocada por um grão de milho de pipocas.
Depois ter dado entrado no centro de saúde, a criança foi transferida para o Hospital, em Cangas del Narcea, onde foi submetida a uma radiografia ao tórax. Daí, o bebé foi posteriormente encaminhado para o Hospital Universitário Central das Astúrias, tendo permanecido em observação.
Cinco dias depois, a 14 de março, a criança regressou ao centro de saúde de Vilares de Abajo, onde foi declarada morta, depois de apresentar sinais de asfixia.
Segundo os pediatras espanhóis, cerca de 60 a 80% dos sufocamentos causados por frutos secos, são encabeçados pelos amendoins (responsáveis por metade das asfixias).