Cientistas israelitas conseguiram transformar células da pele dos próprios doentes em células saudáveis do músculo cardíaco, com a grande vantagem de, como se trata de células do próprio, não há o risco de rejeição.
Apesar de os testes em animais se revelarem muito promissores, o tratamento em humanos está ainda longe de poder ser experimentado, explicam os responsáveis pela investigação, ao European Heart Journal, citado pela imprensa britânica desta quarta-feira.
Esta investigação visa encontrar uma solução para “consertar” o músculo cardíaco danificado.
Para o estudo, a equipa israelita usou células da pele de dois homens com insuficiência cardíaca e misturou-as com um cocktail de genes e químicos, em laboratório, para criar o tratamento com células estaminais, neste caso, idênticas a células saudáveis do coração. Quando foram transplantadas para um rato, começaram a fazer ligações com o tecido cardíaco.
“O que é novo e excitante na nossa pesquisa é que mostrámos que é possível pegar em células de um paciente idoso com insuficiência cardíaca grave e transformá-las nas suas próprias células cardíacas, em laboratório, saudáveis e novas – o equivalente às suas células quando tinha acabado de nascer”, congratula-se o responsável pela investigação, Lior Gepstein.