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O presidente francês, Nicolas Sarkozy, pediu que as imagens não sejam divulgadas, mas a Al Jazeera tinha remetido para esta tarde uma decisão: Agora, anuncia que não vai mesmo transmitir as filmagens.
Os vídeos chegaram à delegação da Al Jazeera em Paris através de uma “pen”, juntamente com uma carta, anunciou esta terça-feira o responsável da televisão na capital francesa, Zied Tarrouche. A missiva, (mal) escrita em francês e cheia de erros gramaticais, reitera que os crimes foram cometidos em nome da Al Qaida.
Os investigadores dos massacres das últimas semanas já tinham tornado pública a convicção de que o atirador, identificado como Mohamed Merah, 23 anos, teria filmado todos os homicídios que perpetrou e que começaram a 11 de marco, com um soldado francês, a que se seguiu o assassínio de outros dois militares, três crianças judias e um rabi.
Zied Tarrouche adianta que as imagens parecem ter sido captadas do ponto de vista do atirador, provavelmente a partir de uma câmara pendurada ao pescoço. Apesar de um pouco tremidas, deixam perceber a grande qualidade do equipamento. O responsável da cadeia de televisão com sede no Qatar acrescenta que o vídeo foi claramente editado, com a sobreposição de músicas religiosas e recitações do Corão, que não impedem, no entanto, que sejam perfeitamente audíveis os tiros, os gritos das vítimas e a voz do atirador.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, apressou-se a pedir que as imagens não fossem transmitidas e a Al Jazeera concordou, depois de uma reunião na sede da televisão.