O ministro francês do Interior, Claude Guéant, chegou há momentos ao local e explicou a operação que terminou com a morte do suspeito: “Ontem à noite, ele anunciou-nos que iria render-se, depois disse que não se renderia e que mataria os polícias. (…) Os polícias decidiram entrar no apartamento pela porta e pelas janelas (…). Dado o perigo, introduziram meios técnicos de vídeo para inspecionar as diferentes divisões do apartamento, não tendo detetado qualquer presença (…) faltava apenas a casa de banho. Quando a polícia tentou introduzir aí os meios, o suspeito saiu e lançou um ataque de “rara violência”. As forças tentaram proteger-se e ripostaram. O suspeito saltou depois pela janela. Foi encontrado morto na rua”.
Ao início da manhã, o ministro do Interior anunciava que o suspeito, que se autoproclamou como membro da Al-Qaida, entrou esta noite numa “lógica de rutura” e disse “pretender morrer com as armas na mão”.
Três polícias ficaram feridos, um em estado “bastante grave”, durante a troca de tiros, durante a qual foram gastos 300 cartuchos, segundo uma fonte da polícia.
Trocas intensas de tiros e detonações foram ouvidas durante cinco minutos perto do apartamento, onde estava entrincheirado há 32 horas Mohamed Merah, um francês que reivindicou em nome da Al-Qaida o assassínio de sete pessoas desde 11 de março em Toulouse e Montauban, sudoeste de França.
Explosões foram “manobras de intimidação”
Por volta das 23 horas de ontem, ouviram-se três fortes explosões, que se tratavam, segundo o ministério do Interior francês, citado pela Reuters, de “manobras de intimidação”.
O jovem de 24 anos é suspeito de ser o autor do tiroteio de segunda-feira, numa escola judaica de Toulouse, que provocou a morte a um professor e três crianças, e também dos ataques da semana passada contra militares: três morreram e um encontra-se em estado considerado grave