“Tivemos quatro mortos vítimas de balas”, declarou esta manhã o médico Mohamed Ismail, que se encontra num hospital de campanha montada numa praça adjacente à Tahrir, centro das manifestações contra Mubarak.
Citando fontes médicas, a agência francesa AFP refere que o balanço de hoje se junta aos pelo menos 300 mortos, contabilizados durante a última semana, nas manifestações iniciadas a 25 de janeiro, para reclamar a saída de Mubarak do poder.
O exército, que tinha prometido não usar a força contra os manifestantes pacíficos, avançou esta noite, com um tanque, contra manifestantes pró-Mubarak num dos viadutos nas proximidades da Praça Tahrir, centro nefrálgico dos protestos.
O tanque lançou gás lacrimogéneo, numa tentativa de dispersar os apoiantes do Presidente egípcio, Hosni Mubarak, que desde há uma semana tem sido alvo de protestos populares sem precedentes.
No local ouvem-se também tiros isolados e rajadas de metralhadora, aparentemente disparados para o ar pelos militares.