“Lembramo-nos de como a Bretanha e os seus líderes fizeram frente à tirania nazi que queria erradicar Deus da sociedade e negava a nossa humanidade comum a muitos, especialmente os judeus, que julgava indignos da vida”, afirmou Bento XVI, na quinta-feira, perante a rainha Isabel II.
A Associação Humanista da Grã-Bretanha apressou-se a classificar as declarações do Papa como “surreais”. “A ideia de que foi o ateísmo dos nazis que os levou ao extremismo e a visões cheias de ódio, ou que [o ateísmo] de alguma forma alimenta a intolerância na Grã-Bretanha hoje é uma calúnia terrível contra aqueles que não acreditam em Deus”, afirma a associação.
“A noção de que são as pessoas não-religiosas no Reino Unido que hoje querem impor suas opiniões – vinda de um homem cuja organização se empenha internacionalmente em impor sua forma estreita e exclusivista de moralidade, além de enfraquecer os direitos humanos de mulheres, crianças, gays e muito outros – é surreal.”
Perante a repercussão das declarações do papa, um porta-voz do Vaticano tentou minimizar a polêmica. Federico Lombardi disse que Bento 16 “sabe muito bem do que se trata a ideologia nazista”.