Os “camisas vermelhas”, grupo activista anti-governamental, saíram esta segunda-feira à rua numa encenação de um funeral colectivo das vítimas do confronto do passado sábado. A abrir a manifestação os corpos de duas vítimas para além de 16 caixões vazios representativos dos restantes mortos.
Activistas partidários do antigo primeiro-ministro agora no exílio, Thaksin Shinawatra, exigem a demissão imediata do actual chefe de Estado, Abhisit Vejjajiva, assim como a dissolução do parlamento tailandês e a consequente convocação de eleições antecipadas. Jatuporn Pronpan, líder do movimento activista, recusa qualquer tipo de diálogo e entendimento com o governo.
As pressões para a demissão do actual chefe de estado estão a aumentar. Anupong Paojinda, chefe do exército tailandes, defende também a dissolução do parlamento. A comissão eleitoral afirmou ter conhecimento de provas que acusam Vejjajiva e o seu partido de doações ilegais. Compete agora ao Procurador Geral a decisão de enviar o dossie para o Tribunal Constitucional.
Os confrontos do último sábado aconteceram numa tentativa de recuperação, por parte das forças de segurança do bairro comercial e turístico de Ratchaprasong ocupado, tal como outras zonas centrais da capital, pela Frente Unida.
O canal de televisão dos “camisas vermelhas”, “Canal do Povo”, vai restabelecer a emissão depois de silenciado pelo governo tailandês com a instauração do estado de emergência.
Os confrontos revelaram-se os mais sangrentos desde 1992, ano em que a intervenção do rei Bhumibol foi preponderante na resolução da crise politica. Jatuporn Prompan já pediu nova intervenção do monarca que, aos 82 anos, se encontra hospitalizado desde o passado mês de Setembro.