Jornalistas locais afirmaram que na segunda-feira tinham visto camiões com dezenas de cadáveres a chegar ao posto da polícia da capital do Estado de Borno.
“Depois do que vimos, haverá mais de 100 corpos no comissariado”, afirmou um dos jornalistas, Ibrahim Bala, que trabalha para uma rádio local.
Em Maiduguri vigorou um cessar-fogo entre as 19h00 de segunda-feira e as 06h00 desta terça-feira.
Hoje de manhã, os combates tinham cessado e a cidade estava aparentemente calma, referiram as testemunhas. As ruas estavam desertas e polícias e militares patrulhavam a cidade à procura de militantes islamitas.
Pelo menos 55 pessoas morreram segunda-feira em Bauchi, capital do estado com o mesmo nome, em confrontos entre islamitas radicais, membros da seita de “talibãs” que afirma ser composta por estudantes de teologia do Afeganistão, e as forças de segurança.
No total, estes confrontos atingiram quatro Estados do norte da Nigéria, nomeadamente Bauchi, Borno, Kano e Yobe.
Em resposta aos confrontos, o presidente da Nigéria, Umaru Yaradua, originário do norte do país, ordenou segunda-feira à noite aos serviços de segurança para se porem em “alerta total”.
O norte da Nigéria é maioritariamente muçulmano e doze Estados da região instauraram em 2000 a lei islâmica.