A informação foi prestada na segunda-feira a uma comissão parlamentar pelos serviços secretos sul-coreanos (NIS), segundo afirmou à rádio SBS o deputado Park Ji-won, do Partido Democrático, principal formação política da oposição.
“Fui informado pelo Governo destes desenvolvimentos e de que os norte-coreanos garantiram a sua lealdade a Kim Jong-un”, declarou o parlamentar.
“O nosso Ministério deverá ainda confirmar a nomeação de Kim Jong-un como sucessor”, reagiu Chun Hae-sung, porta-voz do Ministério da Unificação sul-coreano.
Os meios de comunicação sul-coreanos já tinham anunciado no princípio de Janeiro que Kim Jong-il, cujo estado de saúde é motivo de especulações, organizara a sua sucessão a favor do filho mais novo, de 24 anos.
A questão da sucessão de Kim Jong-il, no poder desde 1994, coloca-se com bastante acuidade porque, segundo responsáveis sul-coreanos e norte-americanos, o “número um” norte-coreano foi acometido de um ataque cardíaco em meados de Agosto, embora tenha recuperado e continue a deter o poder.
Kim Jong-un não era referido pelos analistas como o mais bem colocado para suceder ao pai, sendo o favorito o irmão mais velho, Jong-nam, de 37 anos.
Para alguns analistas, a recente demonstração de poder de Pyongyang, com um ensaio nuclear subterrâneo à revelia das advertências da comunidade internacional, insere-se numa estratégia de Kim para consolidar o apoio ao regime no círculo do poder e na população.
Kim pretenderia assim mostrar ao aparelho do poder norte-coreano que continua a deter as cartas para decidir, nomeadamente, sobre a questão da sucessão.