Num relatório publicado esta quarta-feira, a organização da defesa dos direitos humanos refere que mais de mil pessoas “foram retiradas das suas aldeias por supostos curandeiros, presas em lugares secretos e forçadas a ingerir bebidas alucinogéneas”.
Segundo a Amnistia Internacional, os curandeiros entravam aparentemente nas aldeias escoltados pela polícia ou por agentes de informação e raptavam pessoas ao acaso, afirmando que eram enviados do presidente Jahya Jammeh, que crê ter dons de feiticeiro.
Jammeh acredita que pode curar “em alguns dias” pessoas infectadas com Sida através de um tratamento à base de plantas e da leitura de versículos do Corão.
A Amnistia Internacional sustenta que a ingestão de bebidas alucinogéneas causou, por vezes, problemas renais graves, tendo duas pessoas morrido depois dos rituais.