O presidente da Câmara de Amesterdão, Job Cohen, disse que a polícia agiu com base numa chamada anónima a avisar que uma loja da Ikea ou outras no Sudeste da cidade podiam ser atacadas.
“Não foi um alerta de bomba, antes o aviso de uma acção planeada destinada a criar vítimas mortais nas lojas”, disse Cohen.
A polícia recebeu a chamada quarta-feira à noite de um telemóvel não registado na Bélgica. A chamada incluía também nomes de um suspeito e locais para a polícia procurar.
Ontem de manhã bem cedo as autoridades fecharam ao trânsito uma importante rua de comércio de Amesterdão perto do estádio de futebol ArenA e isolaram “a loja do Ikea vizinha”.
Um concerto da banda norte-americana “The Killers” foi cancelado.
O procurador Herman Bolhaar disse que seis homens e uma mulher, com idades compreendidas entre os 19 e os 24 anos, foram detidos em Amesterdão. São todos holandeses de ascendência marroquina.
“Tanto quanto sabemos nenhum dos detidos tem uma história de envolvimento terrorista”, disse numa conferência de imprensa, apesar de um suspeito estar relacionado com uma pessoa que exactamente há cinco anos esteve envolvida nos atentados de Madrid.
O comissário da polícia Bernard Welten disse que o familiar do suspeito morreu pouco depois dos atentados de Madrid “em consequência da acção suicida”. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados.
As autoridades judiciais na Bélgica e na Holanda levaram a cabo rusgas a diversas casas. A Polícia recusou dizer se foram encontrados explosivos.
Welten acredita que as detenções “reduziram a ameaça imediata” de um ataque em Amesterdão mas não exclui outras detenções. Disse que a área à volta da loja do Ikea vai permanecer isolada sexta-feira.
Num outro desenvolvimento, o primeiro canadiano julgado no âmbito de uma nova lei antiterrorista, foi hoje condenado a 10 anos e meio de prisão pela sua participação numa conspiração frustrada para cometer atentados na Grã-Bretanha.
O juiz Douglas Rutherford do Tribunal Superior do Ontário condenou Khawaja, 29 anos, um canadiano de ascendência paquistanesa, a 10 anos e meio de prisão, sem possibilidade de aceder à liberdade condicional antes de cumprir cinco anos.
Esta pena vem somar-se aos cinco anos que já passou atrás das grades.
Detido em Março de 2004, este programador informático tinha sido declarado culpado, no ano passado, de cinco das sete acusações que impendiam contra ele.
Era acusado de ter colaborado com um grupo que planeou em 2003 e 2004 atentados contra vários alvos em Londres, designadamente uma discoteca e um centro comercial, plano que foi frustrado pela Polícia.