Na última década, Portugal aumentou duas vezes e meia o número de pedidos de patentes apresentados junto da Organização Europeia de Patentes (OEP). No ano 2024, destacou-se em várias frentes: a quantidade de candidaturas submetidas foi a maior de sempre, aumentou 4,8% em relação ao ano anterior e superou a média da União Europeia (UE). Além disso, foi o segundo país europeu com maior percentagem de pedidos com assinatura de mulheres inventoras. De acordo com as conclusões do relatório Patent Index 2024, esse valor, de 48%, foi quase o dobro da média registada pela organização.
Apesar de Portugal valer apenas 0,17% no mundo dos pedidos de patentes, estes indicadores são boas razões para que o economista Sandro Mendonça, responsável pelo Observatório de Patentes e Tecnologia da OEP, acredite que “alguma coisa tenha acontecido na economia nacional”. Sublinhando que o número de pedidos subiu de 141 em 2015 para 347 em 2024, argumenta que “o sistema de inovação nacional dá sinais de uma consolidação robusta e sustentada. Compara-se bem com as referências internacionais e está a puxar pela média europeia. Uma prova disso é que o número de pedidos subiu quase 5%, entre 2023 e 2024, enquanto na UE, assim como no resto do mundo, diminuiu”. A nível global, o declínio foi de 0,1%.