A moção de apoio foi hoje aprovada por unanimidade “e com a expressão da particular solidariedade e apoio de todos os sindicatos da UGT”, numa reunião do secretariado nacional.
“A frase ‘a paixão dos jornalistas pela profissão não pode servir de pretexto para a exploração do seu trabalho por parte das empresas’ é um grito de alerta porque, dizem, o amor à profissão não pode ser instrumentalizado como salário emocional”, refere o documento divulgado pela UGT.
A união sindical pediu ações visíveis de solidariedade para com esta greve, “porque o jornalismo não é só dos jornalistas”.
“O jornalismo não é só dos muitos profissionais que no dia-a-dia trabalham para termos uma comunicação social forte. O jornalismo, a informação verificada por quem está treinado para a fazer, é um bem comum, de todos nós”, defende a UGT.
O Sindicato dos Jornalistas (SJ) agendou uma greve geral para 14 de março, contra os baixos salários, precariedade e degradação das condições de trabalho do setor, depois de a sua realização ter sido aprovada no 5.º Congresso dos Jornalistas.
Esta é a primeira greve geral de jornalistas desde 1982.
“Vamos parar no dia 14 de março para exigir contratos de trabalho estáveis. Paramos para exigir aumento geral dos salários, não é aceitável que uma profissão com esta relevância e exigência seja paga com salários que mal chegam para sobreviver”, anunciou o presidente do SJ, Luís Simões, em conferência de imprensa, no passado dia 19 de fevereiro.
JO (PE) // JNM