Depois do Alqueva e do novo aeroporto de Lisboa, a linha ferroviária de alta velocidade tem tudo para entrar no pódio dos projetos de infraestruturas que, desde a data em que foram anunciados até serem efetivamente construídos, mais tempo demoraram a se concretizar.
Apresentado aos portugueses em 1998, pelo então ministro do Equipamento, João Cravinho, o projeto tem passado por várias transformações, diferentes planos, diversas interrupções, traçados distintos, múltiplas crises financeiras e muitas mudanças políticas, que, de uma forma ou de outra, acabaram por provocar o adiamento. Entre avanços e recuos, na passada semana António Costa lançou o concurso para a construção da primeira fase do projeto que ligará Lisboa ao Porto a alta velocidade. Caso não o fizesse até ao dia 18 deste mês, Portugal arriscava-se a perder cerca de €729 milhões de fundos comunitários, que seriam canalizados para projetos de outros países.