António Maçanita arrecadou 15 300 euros para entregar à Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), um valor que se destina totalmente a operações no âmbito da saúde e apoio humanitário no quadro da prevenção e controlo da pandemia COVID-19.
Aquele que é conhecido como o enfant terrible da enologia nacional, e que produz em regiões tão distintas quanto os Açores, o Douro ou o Alentejo, arrancou com a campanha solidária aquando do lançamento da sua loja online, pouco depois do início do Grande Confinamento, no final de março. Na ocasião, explicava o empresário em nota enviada às redações, decidiu doar 50% dos lucros garantidos nas vendas através do site à CVP, a primeira ONG a reforçar o SNS com a montagem de um hospital de campanha perto do Hospital de Santa Maria, para ajudar aos rastreios de Covid-19. À venda, os consumidores podiam encontrar mais de 50 referências que fazem parte do seu portefólio.
“Perante esta situação difícil que vivemos, os meus esforços vão para, não só manter a minha empresa em funcionamento e a minha equipa saudável e protegida, como fazê-lo ajudando onde é mais preciso durante esta crise de saúde pública. Assim, criámos um site de venda dos nossos vinhos, com referências que até agora o cliente final só podia aceder através da restauração ou do pequeno retalho”, lia-se na nota. “No entanto, não faz sentido para mim, nem para a minha equipa, sermos ajudados sem ajudar os outros. Como tal, queremos participar nesta rede em cadeia doando metade dos lucros que faremos online à campanha #euajudoquemajuda, da Cruz Vermelha”.
Apesar de esta campanha, em particular, ter terminado no final do mês passado, Maçanita decidiu criar, entretanto, um pack solidário para conseguir continuar a ajudar a instituição liderada por Francisco George. Composto por seis vinhos – 3 brancos e 3 tintos –, o Pack #Obrigado tem um valor de 90 euros, e metade do lucro conseguido vai continuar a reverter para a CVP, confirmou fonte oficial à VISÃO.
Recorde-se que as ações solidárias, por parte de empresas nacionais, se multiplicaram pelo País, durante os últimos meses: restaurantes, pequenos produtores, retalhistas, oficinas, fábricas dos mais diversos produtos e pequenos negócios locais puseram mãos à obra assim que foi possível adivinhar o impacto da pandemia, e dedicaram-se a ajudar desde os profissionais de saúde até aos que mais rendimentos perderam devido ao Grande Confinamento.