“Os bancos portugueses têm capital suficiente e liquidez suficiente para aumentarem o fluxo de crédito à economia”, afirmou Vítor Gaspar perante os deputados da Comissão Eventual para Acompanhamento das Medidas do Programa de Assistência Financeira a Portugal, onde explica os resultados da sétima avaliação feita pela ‘troika’ (composta pelo Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu).
O governante explicou que o rácio entre crédito concedido e depósitos (rácio de transformação) tem vindo a diminuir de forma consistente, tendo os maiores bancos portugueses tinham no último trimestre do ano passado um rácio abaixo dos 120%, que era a meta indicativa do programa e que devia ser alcançado até 2014.
Como tal, explicou o ministro, “este limite quantitativo pode cair, deixando de constar dos documentos oficiais que decorrem do sétimo exame regular”, que serão conhecidos após a aprovação em Bruxelas e em Washington da sétima revisão pelos líderes europeus e do FMI.
Vítor Gaspar garantiu ainda que “no final de 2012 os bancos portugueses estavam entre os bancos europeus mais bem capitalizados” e diz que os indicadores que o Governo tem em mãos lhes permitem considerar que “já se terá verificado uma viragem em termos de crédito e de taxas de juro”.