“Existem riscos associados com as estratégias de saída das políticas massivas de estímulo monetário e económico. Os responsáveis irão ter graves problemas, independentemente das decisões que tomem”, avisa Roubini num artigo de opinião publicado no “Financial Times”.
Para este perito, que previu correctamente a crise financeira, os governos e os bancos centrais irão colocar a retoma em risco e levar as suas economias para uma situação de recessão e deflação caso aumentem os impostos, cortem nas despesas e reduzam o excesso de liquidez nos sistemas financeiros para equilibrar os défices orçamentais.
Em particular nos EUA e no Reino Unido, irão levar a que estas nações sejam fortemente punidas nos mercados obrigacionistas, já que as expectativas de inflação e os juros que estas nações terão que pagar pela sua dívida irão subir fortemente, o que irá levar a uma situação de recessão e inflação.
Este especialista calcula que, com os actuais pacotes de estímulo económico, a economia global irá “bater no fundo” no segundo semestre do ano, embora esta não deva estar “formalmente terminada” nos EUA e no Reino Unido antes do fim do ano, enquanto a recuperação já terá começado em países como a China, Alemanha, França, Austrália e Japão.
