O movimento de corpo com que Patrícia Sampaio, já com o tempo a esgotar-se, conseguiu projetar e, dessa forma, vencer a japonesa Rika Takayama, no tapete do Champ de Mars, em Paris, garantiu a conquista de uma medalha de bronze histórica para a judoca, mas representou também o corolário de uma aposta e de um trabalho bem planeado, ao longo do tempo, no judo em Portugal.
O caminho para aquela que é apenas a 29º medalha olímpica do desporto português, em mais de um século de participações nos Jogos, começou, na verdade, a ser trilhado quase uma década antes, e passou pela remodelação da equipa técnica na seleção de judo, ao mesmo tempo que se reforçou a aposta na procura e na deteção de talentos promissores.