“Está feito”, atirou à agência Lusa Nélson Évora, após fazer a quinta melhor marca da eliminatória, e já depois de um primeiro salto nulo e de um segundo ensaio a 16,68 metros.
“No terceiro tive que acordar e fazer um pouco melhor. E foi o que aconteceu. Tirei boas ilações e, agora, eu e o meu treinador vamos recuperar da melhor forma”, afirmou.
Com 17,24 metros como melhor salto este ano, Nélson Évora tinha a nona melhor marca na lista de inscritos, e o quarto recorde pessoal (17,74) – atual recorde de Portugal – resultado com que se sagrou campeão do mundo em 2007, em Osaka.
O atleta de origem cabo-verdiana, nascido na Costa do Marfim há 31 anos e naturalizado português em 2002, promete agora que estará na “máxima força” para a final que se disputa quinta-feira às 19h10 locais (12h10 em Lisboa).
Questionado sobre como se sentiu ao regressar ao ‘palco’ onde em 2008 se sagrou campeão olímpico, Nélson Évora responde assim: “Não penso em questões de talismãs. É sempre muito bom recordar, mas estou aqui para uma nova prova, os Mundiais. Começa tudo do zero amanhã, e é nisso que me foco”.
Os melhores resultados foram conquistados pelo cubano Pedro Pichardo (17,43 metros) e o norte-americano Christian Taylor (17,28 metros), marcas muito acima da concorrência: o romeno Marian Oprea, terceiro classificado, alcançou os 17,07 metros, enquanto o bahamiano Leevan Sands, que fechou o lote dos qualificados, ficou em 12.º lugar, com 16,73 metros.
Dezasseis atletas portugueses participam nos Mundiais de Atletismo que decorrem até 30 de agosto no Ninho do Pássaro, o estádio que acolheu os Jogos Olímpicos Pequim2008.