Em conferência de imprensa no centro de treinos da Ponte Preta, em Campinas, o responsável clínico disse na terça-feira que os exames feitos antes da prova mostravam índices de suspeição de lesão superiores, por causa da sobrecarga que muitos jogadores tiveram ao longo da época, garantindo que estava a par todas as semanas da evolução de todos os jogadores.
“Quando falamos em índices lesionais mais sobrecarregados do que nos outros anos, queremos dizer que, para metade ou dois terços dos jogadores, houve uma época muito sobrecarregada de lesões. Tínhamos em mão exames que nos garantiam que esses jogadores estavam aptos para integrar a equipa”, afirmou.
Henrique Jones lembrou que, ao longo da época, houve três jogadores com lesões nos ligamentos cruzados anteriores, cerca de uma dezena com problemas musculares, afiançando que a equipa médica lusa esteve “sempre em cima dos departamentos médicos dos clubes e em sintonia com eles”.
Para o médico, a idade dos jogadores também “é um fator importante”, garantindo que apenas um dos quatro jogadores que apresentavam elevados índices de probabilidade de lesões teve problemas e que Portugal entrou “no primeiro jogo com os 23 atletas operacionais”.
“Lesões reais [em jogo] tivemos três (…). Mialgias [dores], que demoraram mais ou menos tempo a debelar, foram Pepe, Meireles, Postiga e André Almeida. André Almeida jogou até ao intervalo [do jogo com os Estados Unidos], achámos por bem substituir. O Hélder Postiga sentiu uma dor muscular aos 16 minutos e numa competição como esta não podemos arriscar que faça uma lesão muscular, com rutura”, afirmou.
Para Henrique Jones, uma das causas das lesões na seleção portuguesa será a “sobrecarga competitiva”, lembrando que um terço dos jogadores portugueses joga num dos campeonatos mais competitivos, que é o espanhol.
“Não é de estranhar que a Espanha tenha ido para casa. A sobrecarga é importante ao nível das lesões”, afiançou.