O selecionador Bert van Marwijk considera que os jogadores da Holanda têm que enfrentar dois adversários na meia final do Mundial de futebol: o excesso de confiança e o Uruguai.
“Entendo perfeitamente a euforia no país. É muito bonito, mas este tipo de situação já aconteceu no passado e as pessoas acabaram por ficar dececionadas”, referiu o técnico da Holanda, tentando baixar a onda de euforia.
Bert Van Marwijk alertou que é preciso levar muito a sério o jogo com o Uruguai, ainda que considere ser difícil no plano mental voltar a ter os pés no chão, depois de a sua equipa eliminar o Brasil nos quartos de final (2-1).
Intrusos na festa
“Estamos em uma festa para a qual não estávamos convidados”, afirmou, por seu lado, Oscar Tabarez, selecionador do Uruguai, ao comentar a campanha de sua equipa.
Tabárez, de 63 anos, lembrou que em 4 de dezembro do ano passado, quando foi realizado o sorteio, na Cidade do Cabo, mesma cidade onde o Uruguai jogará contra a Holanda nesta terça-feira, muitas pessoas lhe deram “pêsames”.
“Não me esqueço disso”, disse, ao referir-se à sorte que deixou a equipa no mesmo Grupo de França, México e os anfitriões sul-africanos.
“As projeções feitas na época não nos apontavam como candidatos ao título. Temos antecedentes históricos, mas distantes”, reconheceu o treinador, que atribuiu a campanha da Celeste ao “sacrifício da equipa” e à “confiança de um povo”.
Tabarez admite ainda o facto de jogarem sem a pressão de carregar o favoritismo encheu os uruguaios de “rebeldia”.
“Não sei por que estamos excluídos desta possibilidade”, disse, sobre uma eventual vitória sobre a Holanda.