Na conferência de imprensa realizada pela FIFA, esta terça-feira, na África do Sul, foi abordado o tema dos insultos proferidos por Dunga durante a conferência de imprensa após a partida contra a Costa do Marfim, no último domingo, quando o treinador ofendeu um dos jornalistas presentes.
Quando falava sobre Luís Fabiano, o seleccionador brasileiro parou de falar e intrepelou directamente um jornalista da TV Globo, Alexa Escobar, que estava presente, falando ao telefone com um colega. Pensando que o jornalista abanava a cabeça por discordar do que dizia, Dunga perguntou-lhe: “Há algum problema?”. O jornalista respondeu: “Eu não estou a olhar para você, Dunga.”
Mas Dunga não se conteve e, por várias vezes, proferiu insultos em voz baixa. Porém, não tão baixa o suficiente para não serem captados pelos microfones. E pela sala ouviu-se bem Dunga chamar “cagão”, “merda”, “besta” e por aí fora.
Apesar das evidências, a FIFA diz não ter encontrado nenhum indício para iniciar qualquer procedimento disciplinar contra Dunga, afastando então a possibilidade de punição ao treinador brasileiro que, assim, estará seguramente no banco, já na sexta-feira, na partida entre Brasil e Portugal.
Com Maradona foi diferente
Esta situação não pode deixar, no entanto, de ser comparada àquela que levou ao castigo de Diego Maradona, em Outubro de 2009. Depois da vitória sobre o Uruguai que qualificou a Argentina para o Mundial 2010, Maradona ofendeu os profissionais da imprensa, mandando que “chupassem e continuassem a chupar”.
A FIFA considerou, então, aquelas palavras grosseiras e puniu o técnico, suspendendo-o por dois meses de qualquer actividade ligada ao futebol, além de aplicar uma multa de 25 mil francos suíços. Por causa da punição, Maradona não pôde acompanhar o sorteio dos grupos do Mundial da África do Sul, em Dezembro de 2009.