Intérprete de temas como “Eu tenho dois amores” e “Maravilhoso coração”, Marco Paulo teve uma carreira de mais de 50 anos marcada por largas dezenas de discos (é o único português com um disco de diamante, que corresponde à venda de mais de um milhão de cópias de um só álbum), outros tantos êxitos e centenas de prémios.
José Simão da Silva nasceu a 21 de janeiro de 1945, em Mourão, no distrito de Évora, fixando-se com a família em Alenquer, no distrito de Lisboa, no final dos anos 1950, e depois no Barreiro.
A notícia da sua morte foi avançada pela SIC Notícias, do mesmo grupo onde tinha um programa semanal, na SIC, desde 2021.
Em maio de 2022, foi condecorado com a Ordem Infante D. Henrique pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Foi nesse mesmo ano que lhe foi diagnosticado um cancro no pulmão, a juntar a outros problemas de saúde que foram também sendo noticiados. As homenagens em vida foram muitas, incluindo na na última edição dos Globos de Ouro ou ainda no passado domingo, no especial da tarde na SIC.
A sua situação clínica agravou-se na semana passada, tendo ficado internado no Hospital CUF Descobertas, em Lisboa.
Recentemente, disse, numa entrevista à CARAS, que não pensava na morte.“O amor que recebo de quem está à minha volta é meio caminho andado para enfrentar esta fase e ter força para ultrapassar cada etapa”, acrescentou.
O cantor, cuja carreira esteve ligada durante cerca de 34 anos ao produtor musical Mário Martins na discográfica Valentim de Carvalho, trabalhou, entre outros, om António José, Mário Martins, Rosa Lobato de Faria, Joaquim Luís Gomes, Fernando Correia Martins, Jorge Machado, Shegundo Galarza, Luís Filipe e Emanuel.
No ano em que foi diagnosticado o cancro no pulmão, Marco Paulo lançou o seu último álbum de estúdio, “Por ti”, com quatro inéditos de José Cid, Elton Ribeiro, Miguel Gameiro e Nelson Canoa, a par de versões de Roberto Carlos, Erasmo Carlos, e de uma homenagem a Dino Meira.