Contactado pela Lusa sobre o balanço de visitantes do primeiro semestre deste ano, o organismo avançou números do conjunto de 25 museus, monumentos e palácios tutelados que indicam um total de 1.508.362 visitantes recebidos, entre janeiro e junho deste ano, face aos 223.802 visitantes, nos primeiros seis meses de 2021, quando o período de confinamento se elevou a dois meses.
Apesar do aumento (+574%), em relação ao período homólogo de 2022, a afluência continua porém ainda cerca de um terço abaixo do período pré-pandemia, quando, no primeiro semestre de 2019, tinham entrado nos museus e monumentos nacionais mais de 2,3 milhões de visitantes.
Nesse ano, os equipamentos culturais da DGPC receberam 2.302.083 visitantes, descendo para 704.481, no mesmo semestre de 2020, e depois para 223.802, números mais baixos motivados pelos confinamentos e limitações da pandemia de covid-19, e consequentes encerramentos de museus, monumentos e palácios por longos períodos, que impediram o acesso do público.
Os dados estatísticos mostram que a recuperação de 2022 representa uma variação positiva de 53% dos números do mesmo período de 2020, indo um pouco além da sua duplicação (cerca de 2,1 vezes), e atingindo um valor 6,7 vezes superior em relação aos de 2021 – com o regresso dos visitantes a acompanhar o alívio progressivo das restrições sanitárias -, mas continua a representar apenas perto de 65% dos valores de 2019 (perto de dois terços), na pré-pandemia.
Embora a diferença continue a ser negativa, com um diferencial de -34,5%, comparando os números de 2022 com os do período homólogo de 2019, a retoma das entradas tem sido gradual, indicam os números, com a variação do primeiro trimestre de 2022 face ao primeiro trimestre de 2019 a registar -43,0%, enquanto a variação no segundo trimestre dos primeiros semestres dos mesmos anos, aponta -29,0%.
No entender da DGPC, “o 3.º trimestre de 2022 vai permitir concluir se, de facto, 2022 é o ano da recuperação total face a 2019”.
Os valores por trimestre mostram – em 2019 – 898.675 no primeiro e 1.403.408 no segundo, enquanto, em 2022, foram registados 512.299 visitantes no primeiro trimestre e 996.063 visitantes no segundo trimestre.
De acordo com o quadro de evolução de visitantes nos primeiros semestres de 2021 e 2022, o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, lidera, com o registo de 363.766 entradas (28.005 no primeiro semestre de 2021), seguindo-se a Torre de Belém com 227.219 (sem valor no anterior devido a encerramento para obras, tal como o Museu de Arte Popular), e o Mosteiro da Batalha, com 109.563 (22.451, em 2021).
Seguem-se o Convento de Cristo, em Tomar, com 104.175 visitantes (20.017, no ano passado), o Palácio Nacional de Mafra, com 97.261 (17.455), o Museu Nacional do Azulejo, com 86.857 (6.990), o Museu Nacional dos Coches, em Lisboa, 74.371 (10.854), o Panteão Nacional, com 62.689 (5.481), o Museu Monográfico de Conímbriga, com 62.384 (10.190), o Museu Nacional de Arqueologia, com 46.803 (16.498), o Museu Nacional de Arte Antiga, com 45.307 (11.056), e o Palácio Nacional da Ajuda, com 36.470 (12.803).
No mesmo período, o Museu Nacional do Chiado, em Lisboa, registou 23.971 visitantes (4.845), enquanto o Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, recebeu 19.096 visitas (4.150), o Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, 18.153 (4.676) e, o Museu Nacional Grão Vasco, em Viseu, 14.723 (7.391).
Devido à pandemia covid-19, museus de todo o mundo enfrentaram perdas de público e de receitas, com valores entre 70% e 80% de quebra dos visitantes devido às restrições e quarentenas impostas pelas autoridades, o que aconteceu também em Portugal, segundo os números do ICOM, do Observatório Português de Atividades Culturais e da DGPC, divulgados em 2021.
Nos últimos dois anos, devido ao impacto da pandemia, os museus intensificaram as atividades ‘online’ para preservar as suas missões essenciais de colecionar, conservar, comunicar, investigar e exibir o seu património.
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