A Ucrânia confirmou o favoritismo e foi a grande vencedora do festival da Eurovisão, neste sábado à noite, em Turim enquanto Maro alcançou um honroso nono lugar para Portugal, entre 25 concorrentes.
O povo europeu ditou a vitória da canção “Stefania”, ao votar em massa na representante ucraniana, de longe a mais votada pelo público, o que fez toda a diferença a seu favor. No final da votação dos júris de cada país, a banda Kalush Orchestra posicionou-se no quarto lugar, atrás de Reino Unido, Suécia e Espanha, mas, com uns esmagadores 439 pontos atribuídos pelos seguidores do concurso por essa Europa fora, acabou por não dar hipótese à concorrência nas contas finais.
Resta agora saber onde será disputada a edição de 2023, perante o cenário de guerra – e destruição – que se arrasta há quase três meses no seu território. Numa primeira reação, o presidente Volodymyr Zelensky manifestou o desejo de “um dia receber os participantes e convidados da Eurovisão em Mariupol”, a cidade mártir que resiste a todo o custo à invasão da Rússia.
Após serem declarados vencedores, os Kalush Orchestra pedirem ajuda para o seu país bem como para a cidade de Mariupol e para a siderurgia Azovstal. “Por favor ajudem a Ucrânia, por favor ajudem Mariupol, por favor ajudem Azovstal”, disse o líder do sexteto, Olenh Psink, numa mensagem em que apelava à intervenção internacional para ajudar o grupo de soldados barricados na fábrica, o último reduto da resistência ucraniana na cidade portuária. A canção “Stefania” tornou-se um hino à pátria e era uma das favoritas para vencer o festival.
Na senda de Tonicha e de Manuela Bravo
Com “Saudade, Saudade”, Maro fechou a competição no nono lugar, depois de ter concluído a votação dos júris em quinto. A portuguesa recebeu votos de 29 dos 40 júris, com destaque para os dez pontos atribuídos por Ucrânia, Noruega e Croácia, o máximo conseguido. Já a soma dos pontos do público de 40 países da Europa não foi além dos 36, uma das mais baixas, o que motivou a queda na classificação.
No final, um desfecho igual ao de Tonicha, em 1971, com “Menina”, e de Manuela Bravo, oito anos mais tarde, com “Sobe, Sobe, Balão Sobe”.
Depois da Ucrânia, o top-5 ficou completo com o Reino Unido, a Espanha – a quem Portugal atribuiu 12 pontos sem receber nenhum em “troca” -, a Suécia e a Sérvia, que saltou muitos lugares na tabela com o voto popular.
Assista aqui à atuação dos vencedores: