“Mantendo sempre a pintura como centro das suas investigações plásticas, Teresa Black foi uma artista multifacetada, não deixando de se dedicar a uma diversidade de práticas, temas, materiais, técnicas, disciplinas e linguagens, da pintura à colagem, passando pela tapeçaria e cerâmica”, refere Graça Fonseca numa nota hoje divulgada pelo Ministério da Cultura na qual lamenta a morte da pintora.
A pintora Teresa Black morreu, aos 90 anos, na quinta-feira, em Lisboa, onde estava hospitalizada, anunciou hoje a Sociedade Nacional de Belas Artes (SNBA).
Para a ministra da Cultura, a pintura de Teresa Black “revela abordagem ousada e luminosa, onde as cores são o elemento de destaque, expressando de forma muito particular a sua experiência vivencial”.
Segundo a biografia disponibilizada pela SNBA, Teresa Black, nascida em Lisboa em 1930, começou os estudos de pintura com o mestre Domingos Rebelo e os de cerâmica no Atelier Fragoso.
Desde 1952, ano em que se muda para Londres, que começa a expor, tendo estudado na Slade School of Fine Artes, onde foi colega de curso da também portuguesa Paula Rego.
Graça Fonseca lembra que Teresa Black se mudou para Londres “numa época em que muitos artistas portugueses procuravam nesta cidade um outro panorama por via da internacionalização e da sua presença ou inserção em meios cosmopolitas”.
A ministra da Cultura salienta que Teresa Black e Paula Rego ficaram desde os tempos de estudantes com “uma relação artística e uma amizade que uma exposição no Centro de Memória de Vila do Conde intitulada ‘Paula Rego / Teresa Black: amigas para a vida’ (2014) procurou refletir”.
De acordo com os mesmos dados biográficos da SNBA, em 1970, Teresa Black volta a Portugal e forma, 18 anos depois, o Grupo Pitágoras com os artistas Ló, Garizo do Carmo e Ormond Fannon.
A artista expôs nas galerias Tempo, Grade, Crishop, Ogiva, Forum Picoas, entre outras.
JRS (TDI) // TDI