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Costuma-se dizer que os últimos são os primeiros e à partida ‘El Gato desaparece’ aparece como um dos favoritos ao Colón de Ouro ou pelo menos como um dos filmes que vai estar no palmarés. Quanto mais não seja pelo nome e prestígio do que o realizador argentino, associado a um filme que foi um dos mais interessantes da competição. Entre os favoritos aos prémios principais está ainda um fabuloso ‘El año del tigre’, do jovem realizador chileno Sebastián Lelio, um drama profundo sobre a fuga física e existencial de um atormentado presidiário, logo a seguir ao abalo sismico que assolou o Chile no ano passado.
Depois de uma excelente trilogia de road-movies que começou com ‘Historias Mínimas’, passando por ‘Bombón: el perro’ e sobretudo com ‘El camino de San Diego’, Carlos Sorín, tem procurado outros registos diferentes ao nível da experimentação visual como em ‘La ventana y ahora’. Um filme aliás não muito conseguido. Em ‘El gato desaparece’, estreia-se num género clássico, com um thriller psicológico ambientado na burguesía intelectual argentina. O resultado é bastante inteligente, sem ser na verdade uma obra daquelas de tirar o chapéu. O inicio é uma sentença de tribunal, justificada por uma perícia médica, onde especialistas e um juiz decidem a saída de um acusado que manifestou um comportamento violento motivado por perturbações neuropsiquiátricas. Luis (Luis Luque), um prestigiado professor universitário tinha agredido o seu principal assistente, acusando-o de roubar-lhe uma investigação de vários anos de trabalho, além de ter ciúmes deste em relação à sua bela mulher. Luis está em condição de retomar a sua vida normal e regressa a casa perante a ansiedade e a desconfiança da sua esposa Beatriz (Beatriz Spelzini). Apesar de estarem casados à 25 anos este reencontro não parece natural e algumas tensões começam a manifestar-se no casal. Os personagens secundários vão circulando pela casa, transmitindo um ambiente de bem estar e normalidade: a empregada doméstica, a filha e o seu novo namorado, os alunos. Mas é um gato preto que dá título ao filme, que manifesta uma inesperada agressividade em relação ao dono. Com isto a paranoia e a desconfiança vai-se instalando no casal, apesar do projecto de uma viagem a uma bela praia no Brasil. Sorín maneja o filme num excelente registo tragicómico, entre a diversão e o absurdo até às mais variadas situações de terror. O filme colombiano ‘Todos tus muertos’ de Carlos Moreno, trata-se de uma obra insólita marcada por um registo teatral realista fantástico, foi último desta competição e conta a história de um camponês que descobre nas suas terras uma pilha de cadáveres que as autoridades desconhecem. Um filme algo insólito mas que chama a atenção sobre os mortos (e desaparecidos) sem nome, uma realidade ainda de muitos países da América Latina.