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‘La Hora Cero’ conta a história de La Parca (interpretado pelo actor, realizador e músico venezuelano Zapata 666), um ainda jovem mas terrível delinquente e assassino, que devido a uma greve dos médicos dos hospitais públicos, vê-se obrigado a sequestrar os médicos e os pacientes de uma clínica privada para salvar Ladydi (Amanda Key), o grande amor da sua vida. Não tardam a chegar os policías e o habitual circo mediático, que acaba por transformar La Parca numa espécie de Robin Hood e herói nacional dos pobres que dependem da saúde pública. La Parca descobre rapidamente que salvar a vida de Ladydi será difícil, mas mais difícil ainda será escapar ao cerco das forças de intervenção. O desenlace é frenético, enquanto La Parca é confrontado com os erros do passado, ao mesmo tempo que descobre que os seus inimigos estão onde menos espera.
‘La Hora Cero é um ‘filme de malandros’ e uma deslumbrante película de ação com múltiplas referências cruzadas, que vão de Quentin Tarantino, ao cinema asiático (Johnny Too nomeadamente), passando pelo mexicano Alejandro González Iñarritu (‘Amor Cão’), pelo brasileiro José Padilha (‘Onibus 174’ e ‘Tropa de Elite’). O filme é surpreendente e contou com uma produção e orçamento de primera linha para a Venezuela. Mesmo assim muito abaixo para os padrões e os meios do cinema europeu ou de Hollywood. Além de protagonizada por Zapata 666, conta igualmente com um grupo extraordinário de jovens de actores escolhidos a dedo para os papéis entre a violência extrema e ingénuo comportamento dos meninos da favela, como Amanda Key, Laureano Olivarez, Erich Wildpret, Marisa Román, Albi de Abreu, Alejandro Furth e Steve Wilcox. É o primeiro filme de ação feito na Venezuela que conta com técnicos e especialistas na criação de cenas de alto risco, além de uma visão quase documental e realista.
Por seu lado ‘Violeta se fue a los cielos’ de Andreas Wood é um filme mais intimista pois regista distintos momentos da vida de Violeta Parra, a famosa cantora chilena autora de temas tão conhecidos como ‘Gracias a la vida’ ou ‘Volver a los 17’. O argumento é uma livre adaptação do livro homónimo de Ángel Parra, filho da artista. No papel de Violeta Parra está uma extraordinária Francisca Gavilán (tem muitas semelhaças físicas com a cantora), actriz com um percurso reconhecido no teatro, cinema e televisão do Chile. Para interpretar este papel teve aulas de guitarra com Ángel Parra e no filme canta ela própria as canções de Violeta Parra. O filme estreou em Agosto no Chile e já é a película chilena mais vista do ano com cerca de 400.000 espectadores, além de ser a seleccionada para representar o país nos Prémios Goya (Espanha) e pré-candidata nos Óscar para Melhor Filme de Língua Estrangeira. Para terminar recuperamos finalmente ontem o Filme de Abertura, desta edição do festival onubense. Trata-se de ‘Aquí entre nos’ um divertido olhar sobre as familias contemporâneas, que faz lembrar as comédias italianas dos anos 70. A realizadora mexicana Patricia Martínez de Velasco dá-nos uma curiosa visão, sempre com muito humor e realismo, dos problemas quotidianos que enfrentam as familias de hoje (pais e filhos) para se manterem unidas e felizes.