Os dados são avançados esta segunda-feira pelo Diário de Notícias, que chama à capa os números avançados ao jornal pelo diretor nacional adjunto da PJ, Carlos Farinha.
“Mais de metade dos crimes acontecem em contexto familiar, seja o contexto familiar direto, os próprios pais, ou indireto mas próximo, como sejam avós ou tios. Depois há o chamado grupo de proximidade geográfica, como vizinhos, e o grupo de proximidade funcional, onde se incluem professores, treinadores, orientadores, líderes de grupo, etc”, explica o também responsável pelo Observatório da Criminalidade Sexual.
Como resume Carlos Farinha ao DN, “na maior parte dos crimes existe uma relação prévia à situação abusiva”.
O responsável alerta ainda que nestes casos de crimes sexuais então “vítimas de grupos etários muito baixos”, com cerca de 3% a 5% dos casos a dizerem respeito a crimes cometidos contra bebés ou crianças até aos três anos. A maioria, no entanto, são crianças entre os 8 e os 13 anos. Esta faixa etária, aliás, juntamente com o pertencer ao sexo feminino, é uma das características predominantes das vítimas.