Os campos de oliveiras e as searas de trigo envolvem a aldeia de al-Mughayyir, na base de um vale, no centro da Cisjordânia. À sombra das oliveiras estão carros esventrados, peças de metal corroídas pelas chamas e vidros partidos. A fuligem cobre os caminhos, as pedras, as paredes das casas. O cheiro a queimado ainda se sente por toda a aldeia, três semanas depois de ter sido incendiada por centenas de colonos israelitas.
“Vimos a morte, as balas, as chamas,” diz Ghassan Abu Alia, que mora na margem leste de al-Mughayyir, numa casa com vista privilegiada para a destruição. No dia 12 de abril, centenas de colonos israelitas desceram as colinas que rodeiam a aldeia palestiniana, depois de um rapaz de 14 anos ter desaparecido de manhã do colonato israelita de Malachei HaShalom, estabelecido ilegalmente em 2015 em terras palestinianas.
