Kevin Mitnick era apelidado de “hacker mais famoso do Mundo” e chegou a ser o cibercriminoso mais procurado nos EUA. Agora, ao fim de 14 meses a tentar combater um cancro pancreático com tratamentos na Universidade de Pittsburgh, acabou mesmo por falecer aos 59 anos, a 16 de julho.
O hacker teve o seu pico de atividade na década de 1980 e 1990, quando encetou vários cibercrimes e foi caçado, em 1995, pelo FBI, tendo sido depois condenado a algum tempo de prisão. Pouco tempo depois, recorda o Gizmodo, foi libertado e reinventou-se como orador, autor e profissional de cibersegurança ‘white hat’, ou seja, do lado do bem.
No obituário, escreve-se que “Kevin Mitnick viveu dezenas de vidas numa única, prematuramente curta (…) Foi um original; muita da sua vida lê-se como uma história de ficção”. A empresa que parcialmente detinha, KnowBe4, lembra que “Kevin era reconhecido pela sua inteligência, humor e perícia extraordinária com um computador, apenas passada pelo seu talento como o ‘engenheiro social’ original”.
Os crimes de que foi acusado, e confesso culpado, envolveram intrusões nas redes empresariais de várias organizações, com vista ao roubo de dados pessoais e informações de cartões de crédito. Após a sua prisão, em 1999, a comunidade de hackers criou o movimento “FREE KEVIN”, com vista a sua libertação. Depois de sair, em 2003, Mitnick trabalhou para várias empresas da Fortune 500 e agências governamentais como conselheiro e escreveu várias obras.