Em declarações à Visão, Mário Ferreira mostrou-se “muito satisfeito” pela conclusão deste “primeiro passo”, sem, contudo, querer adiantar qual será o passo seguinte. “Digamos que este foi o valor justo para poder entrar neste negócio”, referiu acerca dos 10 milhões pagos por 30% do grupo.
Depois de a Cofina ter baixado o preço da oferta de 250 para 205 milhões de euros, Mário Ferreira conseguiu ainda um valor mais baixo. “O valor após a entreprise value foi de 130 milhões de euros”, adiantou, justificado “pela conjuntura atual e, sendo este um ano difícil”. Mas, apesar de ser um acionista minoritário, o empresário será um acionista fundamental no futuro do grupo de comunicação social, uma vez que irá meter dinheiro para investimento, que não quis especificar. Não especificou quanto.
“Será necessário uma grande reestruturação dos quatro grandes pilares da Media Capital: TVI, Rádios, Digital e Plural”, afirmou, sublinhando o grande potencial das rádios e, principalmente, da produtora Plural. “A Media Capital é um grande negócio como grupo, mas não pode estar tão dependente só de receitas publicitárias. Tem de se reinventar e de utilizar o grande trunfo que é a Plural, que tem pouca atividade para a sua capacidade de produção. É preciso encontrar parceiros para produzir conteúdos não só para Portugal, mas também para o estrangeiro, de modo a criar valor para a empresa”, justificou.
O empresário afirmou ainda que “depois do abandono da Cofina – de forma inesperada – de um negócio praticamente fechado, a Prisa sentiu necessidade de encontrar um parceiro português de confiança para trabalhar em conjunto e fortificar o valor da sociedade”.
Nas declarações à VISÃO concluiu estar certo e seguro de que o valor da empresa “subirá rapidamente”.