A greve geral que está a paralisar França, em protesto contra as alterações no sistema de pensões de reforma, continuará pelo menos até dia 10 de dezembro, reafirmaram esta sexta-feira as centrais sindicais e organizações de juventude envolvidas nos protestos iniciados na quinta, feira, 5 de dezembro. No primeiro dia de manifestações saíram à rua cerca de um milhão de pessoas, com a suspensão de transportes fundamentais, como o metro de Paris, e de serviços públicos essenciais, como escolas e hospitais.
O Palácio de Versalhes está fechado, assim como o Museu do Louvre, a Torre Eiffel e muitos outros pontos turísticos em Paris.
No primeiro dia da greve geral houve alguns confrontos entre a polícia e manifestantes, nas cidades de Paris e Nantes, e os próximos dias serão de alerta total para as forças de segurança.
Os franceses protestam contra as novas medidas que Emmanuel Macron está determinado a aprovar, invocando a insustentabilidade financeira do atual sistemas de pensões. Poderá haver um aumento da idade de reforma (atualmente nos 62 anos) e a uniformização dos direitos de trabalhadores que hoje estão divididos em 42 sub-sistemas, o que será vantajoso para alguns mas prejudicial para outros.
As negociações entre o governo, os sindicatos e outros agentes sociais prolongam-se há meses, mas, em concreto, os detalhes sobre as alterações legislativas propostas só devem ser conhecidos na próxima semana. Até lá, as manifestações prometem continuar. A esperança dos sindicatos é que a “voz das ruas” se faça ouvir nos gabinetes do Eliseu.