O pedaço de rocha atravessa a órbita do planeta a cada seis anos e tem vindo a aproximar-se. Tanto que a NASA teme que o fim do mundo possa estar marcado para algures no fim do século XXII.
Fim do mundo pode ser exagero de inspiração Hollywodesca, já que o pedaço de rocha tem 500 metros de diâmetro e não seria suficiente para destruir o planeta, mas um impacto estimado de 200 vezes a bomba atómica também não poderá ser desprezado.
“A passagem próxima em 2135 vai influenciar a órbita de Bennu, e pode colocá-lo em rota de colisão com a Terra mais tarde nesse século”, lê-se no The Sunday Times, citando Dante Lauretta, da Universidade do Arizona.
Por causa do Bennu, a agência espacial americana desenvolveu uma missão inédita. Com a ajuda de um braço robótico fará a recolha de calhaus da superfície, que serão depois analisados de forma a estudar a velocidade, órbita, tamanho e rotação desta ameaça à Terra.
Os cientistas querem aproveitar a aprendizagem deste caso para saberem mais sobre Marte, ambicionando com isso testar as capacidades de uma missão ao planeta vermelho em 2030.
A aprendizagem sobre o asteroide poderá mesmo significar importantes avanços no conhecimento sobre a Terra, já que pode ter contribuído para o início da vida no planeta. Mas o objetivo mais imediato é que esta missão venha a permitir redirecionar o asteroide para uma órbita estável à volta da Lua. E, assim, evitar a colisão com a Terra.
A sonda da NASA será lançada em Setembro, para chegar ao seu destino, Bennu, em 2023. Nessa altura, passará um ano a observar as características do asteroide. Antes do regresso serão retiradas várias amostras. Um manancial de investigação e conhecimento que dá aos cientistas mais razões para sorrir do que para temer – pelo menos, se tudo correr como previsto e o fim do mundo não chegar no fim do próximo século.