Há 12 anos, após o tsunami que arrasou o sudeste asiático, Martunis foi encontrado, perdido, a vaguear entre a devastação. Na altura, o menino indonésio, de apenas 7 anos, foi fotografado vestido com a camisola da seleção portuguesa, desidratado, com fome e desorientado, numa praia isolada de Banda Aceh (ao norte da ilha de Samatra). Das primeiras coisas que disse foi ser fã de Cristiano Ronaldo e que torcia pelo Sporting. O menino foi visitado duas vezes por Ronaldo, na Indonésia, e a Federação de Futebol Português ofeceu-lhe uma viagem a Portugal, dois anos depois.
Agora também Messi, o eterno rival de Ronaldo, tem “um menino da camisola”. Uma fotografia de uma criança afegã, vestida com a camisola do craque argentino, feita de sacos de plástico do lixo, com o número dez e o nome de Messi escritos à mão, tornou-se viral nas redes sociais. Ontem, a Federação Afegã de Futebol afirmou ter sido contatada pelo agente do jogador que pretendia encontrar-se com o pequeno fã, Murtaza Ahmadi, de cinco anos, e que vive em Ghazni (leste do Afeganistão). Ainda não se sabe se sabe se irá a criança e o seu pai a Espanha ou Lionel Messi ao Afeganistão – uma viagem bastante arriscada, dada a instabilidade gerada pelos talibãs.
Quanto a Martunis, o menino da camisola de Ronaldo, hoje com 17 anos, cumpriu mesmo o seu sonho de tornar-se futebolista. Numa gala do Sporting, Bruno de Carvalho recentemente anunciou que ele viria estagiar para Academia de Alcochete, para representar as novas promessas do clube.