O presidente da TAP, Fernando Pinto, esteve esta tarde a prestar declarações na Unidade de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária, em Lisboa, no âmbito de uma investigação desencadeada por uma denúncia anónima relativa ao processo de venda da Groundforce ao grupo Urbanos.
A empresa de handling tinha sido parcialmente vendida aos espanhóis da Globalia em 2005 e, em 2008, o capital da empresa foi assumido por três bancos nacionais por 31,6 milhões de euros.
Em 2009, a TAP voltou a comprar a parte do capital nas mãos dos privados pelo mesmo valor e só conseguiu voltar a vender a empresa em 2012, desta vez à Urbanos.
A investigação que agora está a ser conduzida pela PJ estará centrada neste período, razão pela qual Fernando Pinto foi hoje ouvido na qualidade de testemunha. Já em 2014, o responsável da companhia aérea tinha sido ouvido no Ministério Público para prestar declarações no âmbito de outros processos relativos à gestão da empresa.
A ida de Fernando Pinto à unidade da PJ acontece no mesmo dia em que foi divulgada a providência cautelar interposta pelo grupo Urbanos para evitar a privatização da TAP. O grupo sustenta que não foi consultado no âmbito da venda da TAP, pelo que exige garantias de que se irá manter a opção de compra do restante capital da Groundforce.