Os sinos dos carrilhões de Mafra não tocam há mais de 10 anos. Os sinos encomendados por D. João V no século XVIII não vão tocar tão depressa. Suportados por uma ‘estrutura’ em madeira, a reparação a que foram sujeito em 1986 foi ‘mal feita’ e a madeira de sucupira foi substituida por (madeira de) pinho.
Nasce assim o tema autárquico, as suas verbas e a forma como os valores disponibilizados (a que têm acesso e ‘gestão’) são ‘gastos’ e orientados. Quem não sabe preservar a herança (no caso) do património, não merece ser herdeiro. A Câmara de Mafra não tem verba (de forma relapsa há mais de 10 anos..) para reparar os sinos, cujo valor se eleva a cerca de 1,8 milhões de €uros.
Enquanto isto, as autarquias têm verbas para distribuir por organizações ligadas às assoc. columbófilas, aos amigos da autarquia, às misericórdias, aos Atl’s, aos grupos organizados que estão carenciados e sem emprego. Assim se justifica (em parte..) a situação financeira ruinosa da grande maioria das 308 autarquias do País. Questiono o número e os números..