Exmos Senhores, registei-me apenas para expressar a minha indignação e protesto pela capa da última publicação. O meu marido é assinante da revista Visão, há já alguns anos. Ela tem feito parte da vida da nossa família. Aos fins de semana, altura em que há tempo para pôr a leitura em dia, ela “convive” com os elementos da família. Todos pegam nela: uns para a folhear e ver as imagens, outros para a lerem. Sendo mãe de duas crianças, uma com 13 anos e outra com três, foi com com muito pesar, revolta, indignação e preocupação que vi a capa da revista. Perante aquela imagem, como se responde às perguntas de uma criança de três anos? Como poderemos desvalorizar o óbvio e solucionar o choque? Como poderemos ter crianças felizes e sorridentes, quando nos escaparates dos kiosques e (mais incrível ainda)em nossa casa, sem que os pais tenham previsto ou feito algo para isso, elas são obrigadas a ver aquilo que ainda não têm idade para assimilar e lidar. Não basta escrever sobre a violência, sobre os direitos da criança ou sobre outros temas relacionados com a saúde e a psicologia infantil. Não basta responsabilizar os pais, os professores, os educadores dos muitos desequílibrios infantis quando os meios de comunicação social, nomeadamente a Visão (que até publica a Visão Junior), ajuda a que eles existão e surjam. Como mãe e educadora, só tenho a lamentar esta situação, desejando que tal não vote a acontecer. Já não bastava ter de manter a televisão desligada à hora do telejornal … agora também tenho de verificar a capa da revista que assino e recebo em casa, tendo o cuidado ser a primeira a fazê-lo.
Voto de protesto e indignação
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