Nota prévia: nenhum dado estatístico nos diz que a bolacha Maria é a mais famosa do país, porém, qualquer vox pop dará a ideia como facto certo. Maria em Portugal, Marie noutras latitudes – em países asiáticos, por exemplo – a bolacha foi na realidade criada por uma padaria inglesa, de nome Peek Freans, em janeiro 1874, por ocasião do casamento da grã-duquesa Maria Alexandrovna, da Rússia, com Alfredo Ernesto Alberto, Duque de Edimburgo, filho da rainha Vitória.
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De forma circular, com padrão floreado e o nome gravado ao centro, a bolacha tornou-se apelativa para todos os que queriam provar algo criado para a realeza. A facilidade de confeção – na receitam entram farinha de trigo, açúcar, óleo e essência de baunilha –, a durabilidade que ajudava nas viagens marítimas e o facto de não ser excessivamente doce, contribuíram para a disseminação em todo o mundo, fazendo com as Maria se tornassem até mais famosas fora do seu país de origem.
Portugal tem alguns fabricantes de peso (Vieira de Castro, Triunfo ou Nacional, por exemplo), mas as bolachas vendem-se em todo o mundo. Na Índia (consta que se tentou até introduzir uma versão retangular nos anos 80, mas sem sucesso), em Espanha, no México, Estados Unidos, Filipinas, Japão, onde adotam diferentes desenhos e nomes. E, um pouco por todo o mundo, multiplicam-se as formas de as comer: simples, com doce, manteiga em versão sanduíche ou a contribuir para adoçar outras sobremesas. Fãs de bolo de bolacha, estão por aí?
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Outros dados curiosos sobre bolachas:
- Os furos das bolachas Maria (e outras) são estratégicas, deixam o vapor sair durante a cozedura e permitem que fique com um formato achatado;
- Em média, um americano come cerca de 35 mil bolachas ao longo da vida