A Kleenex é uma daquelas marcas mundiais em que o nome se confunde com um produto: sim, são lenços de papel, mas quantas vezes não os chamamos pelo nome de batismo da empresa? O que o leitor talvez não saiba é que os ditos kleenex foram inicialmente criados para filtrar o ar das máscaras de gás usadas pelos soldados. Estávamos em 1915, o nome oficial era outro – ‘cheesecloth’, algo que se pode aproximar da palavra portuguesa ‘gaze’. Os lenços vinham da mesma empresa que fabricava produtos com base em papel desde a década de 70, a Kimberly-Clark. Para a época, traziam uma inovação muito útil: usavam apenas uma pequeníssima quantidade de algodão, um bem que deveria ser poupado para as ligaduras dos soldados.
Com o final da guerra a empresa norte-americana teve de procurar uma nova função para os lenços e direcionou-os para o público feminino. Nomeados de Kotex, foram um poderoso aliado das mulheres durante a menstruação. Já o nome Kleenex nasce oficialmente em 1924, com uma reformulação do produto base, que se tornou mais fino e macio, e passou a ser usado como desmaquilhante. No ano seguinte, iniciava-se a exportação para o Reino Unido e em 1926 para o Canadá.
Último fun fact: no final dos anos 20, um dos trabalhadores da empresa que sofria de rinite alérgica começou a usá-lo como substituto do lenço de pano, e a estratégia da marca mudou radicalmente. Resultado? Duplicou o volume de vendas.

Outras curiosidades sobre a Kleenex:
- A Kleenex não foi pioneira nos lenços descartáveis. Reza a história que no século XVII, no Japão, já se usavam estes produtos.
- Quando os homens se tornaram também o público-alvo da venda de lenços de papel, no final dos anos 20, o slogan publicitário anunciava o seguinte: “Don’t carry a cold in your pocket”. Uma criativa forma de alertar para o combate aos germes acumulados nos lenços de pano.