Já conduzimos o novo Volkwagen ID.3. Um carro que, garante a Volkswagen, tem mais alterações do que aparenta. Isto porque, pelo menos no que toca ao design, o novo ID.3 parece ser mais um restyling do que, como garante a marca alemã, uma nova geração. Ainda assim, algumas diferenças são notórias, sobretudo na frente: remoção da faixa preta entre o capô e o para-brisas, o que cria a ilusão de um capô mais longo, e um novo para-choques. Foram feitas, ainda, pequenas alterações para aumentar a aerodinâmica, nomeadamente para melhorar o fluxo de ar em torno das rodas dianteiras.
Mas é no interior que se nota mais a evolução. A maioria dos painéis das portas e o tablier são, agora, cobertos por têxteis de origem não animal. Neste aspeto, segundo a marca, 70% dos materiais usados para os bancos e cobrir as portas são reciclados e a fábrica onde é produzido o ID.3 já atingiu a neutralidade carbónica.
Compras no carro
Nota-se, bem, a melhoria dos materiais a bordo. E a tecnologia tem maior impacto graças ao ecrã de série de 12 polegadas. O sistema de infoentrenimento tem uma nova versão do sistema operativo, permitindo atualizações remotas e, até, acesso a uma loja da VW onde se pode comprar funcionalidades extras. Um dos exemplos dados: a aquisição de um maior número de cores para personalizar a iluminação interior. No entanto, neste primeiro contacto muito curto (só conduzimos o carro durante 6 km), não nos pareceu que este sistema tenha tido uma grande evolução. A interface pareceu-nos muito similar e algo lenta a reagir aos nossos comandos. Ainda no que diz respeito às críticas feitas à primeira geração do ID.3, as corrediças táteis de controlo de volume e da velocidade das ventoinhas, colocadas logo abaixo do ecrã, continuam sem retroiluminação.
Voltando às melhorias, os responsáveis da Volkswagen sublinharam uma nova gestão do motor, que deverá permitir uma maior disponibilidade, sobretudo a velocidades mais elevadas. A suspensão também foi alvo de uma afinação para melhorar a dinâmica e conforto do carro.

No que diz respeito á velocidade de carregamento, a versão Pro S, com maior capacidade de bateria (77 kWh, autonomia WLTP de 559 km), suporta uma potência máxima de 170 kW, valor que baixa para os 120 kW na versão Pro, com bateria de 58 kWh. Estes valores traduzem-se, segundo dados da marca, em temos de carregamento dos 5% aos 80% de 35 e 30 minutos para, respetivamente, as versões com bateria de 58 e 77 kWh.
Os preços base variam de €42.460, para a versão Pro com bateria de 58 kWh, e os €48.415 para a versão Pro S, com bateria de 77 kWh. Ambas as versões têm motor de 204 cavalos e tração traseira.
Considerando que, no mercado nacional, a grande maioria dos elétricos são adquiridos por empresas, a renda mensal proposta para o novo ID.3 é de €576 + IVA.
O novo ID.3 estará disponível numa versão mais desportiva na primeira metade do próximo ano, com motor de 299 cavalos (bateria de 77 kWh), cujo preço estimado será de €52.930.