1. “No Yogurt for the Dead“, de Tiago Rodrigues
Tiago Rodrigues, atualmente diretor do Festival d’Avignon, em França, será presença regular nos palcos portugueses em 2025. Em fevereiro, acontece a estreia nacional de No Yogurt for the Dead, um espetáculo mais pessoal (à semelhança de By Heart), inspirado nas últimas semanas de vida do seu pai, o jornalista Rogério Rodrigues. Passará primeiro pela Culturgest, em Lisboa, e depois pelo Theatro Circo, em Braga. Antes, nos dias 10 a 12 de janeiro, o encenador traz Hécuba, não Hécuba, ao Centro Cultural de Belém, uma peça que “entrelaça a história da viúva de Príamo (…) com a de uma atriz que, nos nossos dias, interpreta a Hécuba de Eurípides”. A aclamada Catarina e a Beleza de Matar Fascistas também regressa aos palcos portugueses, chegando a Penafiel (24-26 jan) e a Viseu (31 jan-1 fev). Culturgest, Lisboa > 19-23 fev > Theatro Circo, Braga > 27-28 fev
2. Teatro Nacional D. Maria II no Variedades e Bombarda
Com as obras no Rossio ainda em curso, o Teatro Nacional D. Maria II marcará presença regular em Lisboa noutras salas da capital. No renovado Teatro Variedades estarão criações de, entre outros, Pedro Penim (A Farsa de Inês Pereira, reescrita pelo diretor do D. Maria a partir de Gil Vicente, em fevereiro), Patrícia Portela (Homens Hediondos, monólogo interpretado por Nuno Cardoso, a partir de David Foster Wallace, em maio) e Odete (As Mulheres que Celebram as Tesmofórias, a partir de Aristófanes, em junho). Já a nova Sala Estúdio Valentim de Barroso dos Jardins do Bombarda recebe mais de uma dezena de espetáculos ao longo do ano. Será aí que Inês Vaz e Pedro Baptista estreiam, em março, Auto das Anfitriãs, a partir de Luís de Camões, Raquel Castro apresenta em Lisboa As Castro, em maio, e que o Teatro Praga celebra 30 anos em julho. Teatro Variedades e Jardins do Bombarda, Lisboa > a partir de fev
3. “Skatepark“, de Mette Ingvartsen
Com um elenco formado por skaters profissionais e bailarinos que também são skaters (entre os 11 e os 36 anos), a coreógrafa dinamarquesa Mette Ingvartsen “explora a velocidade e a energia do movimento sobre rodas – uma memória física da sua própria juventude”. Skatepark parte do potencial coreográfico e dramático existente no espaço partilhado por uma comunidade, que desliza, salta, cai e volta a levantar-se, não desistindo de alcançar as suas proezas. A prática do skate é levada do espaço público para o palco, como uma forma de dança com combinações vertiginosas. Teatro Municipal Rivoli, Porto > 28 fev-1 mar > Culturgest, Lisboa > 7-8 mar
4. “Steal you for a moment“, de Francisco Camacho e Meg Stuart
A ligação entre Francisco Camacho e Meg Stuart vem de longe, do tempo das primeiras peças da aclamada coreógrafa norte-americana (como Disfigure Study, de 1991). Três décadas depois, voltam a reunir-se para um dueto, inspirado nas ruínas nurágicas da Sardenha, envoltas em mistério, que têm despertado a curiosidade de arqueólogos e viajantes. A ausência de registos exatos leva-os para uma paisagem fora de tempo, concebida pelo cenógrafo Gaëtan Rusquet, o designer de som Vincent Malstaf e o iluminador Frank Laubenheimer. Teatro Municipal Rivoli, Porto > 6-8 mar > Theatro Circo, Braga > 11-12 abr
5. “A Família Addams“, de Ricardo Neves-Neves
Ricardo Neves-Neves encena esta adaptação portuguesa do musical A Família Addams, baseado nas personagens criadas por Charles Addams. Um elenco de nove atores dará vida à excêntrica família e aos seus novos amigos, numa história recheada de humor, reviravoltas e muita música. A acompanhá-los estará também um ensemble de músicos e cantores. Teatro Maria Matos, Lisboa > a partir de 5 mar
6.”Pessoa – Since I Have Been Me“, de Robert Wilson
A estreia foi em maio de 2024, em Itália. Em março, chega a Lisboa o espetáculo de Robert Wilson que parte dos heterónimos de Fernando Pessoa e capta os diferentes universos plasmados nas suas palavras. Falado em português, italiano, francês e inglês – o elenco é internacional e conta com Maria de Medeiros no papel do poeta –, presta homenagem à originalidade de Pessoa. Não faltará a forte componente visual, habitual nas criações do encenador norte-americano, a jogar com a multiplicidade das vidas do escritor português. Teatro São Luiz, Lisboa > 7-8 mar
7. “Hamlet“, de Nuno Cardoso
Antes de o Teatro Nacional São João fechar para obras (no final de maio), estreia-se uma nova produção. O diretor artístico, Nuno Cardoso, volta a encenar William Shakespeare com uma nova versão de Hamlet, história sobre o Príncipe da Dinamarca que “reflete sobre o homem e a sua circunstância” e que tanta literatura gerou ao longo dos tempos. Contará com o elenco residente da casa (Joana Carvalho, Lisa Reis, Patrícia Queirós, Paulo Freixinho e Pedro Frias), a que se juntam outros atores. O espetáculo seguirá depois em digressão nacional. Teatro Nacional São João, Porto > 3-27 abr