É, há 15 anos, uma espécie de encontro de família, entre pais, filhos, alguns enteados e até uns primos mais afastados, pelo modo como consegue juntar os nomes mais conceituados e os talentos emergentes da atual cena mundial eletrónica, sempre com especial foco na música de dança. Basta, aliás, olhar ao de leve para o cartaz para se perceber porque o Neopop é considerado, desde há muito, um dos melhores festivais da Europa deste segmento – e que este ano, quando cumpre o redondo aniversário de uma década e meia, volta a estar à altura destes pergaminhos, sempre com algumas novidades à mistura. Afinal, como anuncia a promoção do festival, “dançar é o mais natural ato de celebração comunitária” e, em 2022, depois de dois anos de pandemia que nos obrigaram a manter as pernas e o corpo quietos, o Neopop quer levar isso à letra.
Ao todo, são mais de 60 os artistas que, durante quatro dias, vão passar pelos dois palcos junto ao Forte de Santiago da Barra, em Viana do Castelo. Logo na primeira noite (dia 10), destaca-se uma artista que vagueia com o mesmo à-vontade pelas áreas da moda e da música: a designer, escritora e pianista coreana Peggy Gou, agora também (e cada vez mais) produtora e DJ. A lista inclui ainda nomes tão essenciais como as norte-americanas Honey Dijon e The Blessed Madonna, o seu compatriota Richie Hawtin, o bósnio-alemão Solomun, o coletivo canadiano Cobblestone Jazz, a belga Amelie Lens, o alemão Loco Dice, o português Rui Vargas, o inglês Dax J e o mago norte-americano do techno Jeff Mills, que com quase 40 anos de carreira está de regresso ao Neopop para encerrar em grande uma edição tão especial.
Neopop > Forte de Santiago da Barra, Viana do Castelo > 10-13 ago, qua-sáb 18h > €55 a €112,75 (passe)